Apresentação

Gerar, disseminar e debater informações sobre DIFUSÃO CIENTÍFICA Através dos alimentos, sob enfoque de Saúde Pública, é o objetivo principal deste Blog produzido no Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde - LabConsS da FF/UFRJ, com participação de alunos da disciplina “Química Bromatológica” e com apoio e monitoramento técnico dos bolsistas e egressos do Grupo PET-Programa de Educação Tutorial da SESu/MEC.

Recomenda-se que as postagens sejam lidas junto com os comentários a elas anexados, pois algumas são produzidas por estudantes em circunstâncias de treinamento e capacitação para atuação em Assuntos Regulatórios, enquanto outras envolvem poderosas influências de marketing, com alegações raramente comprovadas pela Ciencia. Esses equívocos, imprecisões e desvios ficam evidenciados nos comentários em anexo.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

LATAS ESTUFADAS:

causas químicas ou causa microbianas?
Acenda um fósforo e o coloque bem próximo a um furinho
que será feito na tampa da lata estufada. O que acontecerá ?
O “sopro”, que virá de dentro da lata, talvez apague o fósforo.
Mas talvez, pelo contrário, forme uma chama. Isso dependerá
 da causa do estufamento.
Na lata amassada, o revestimento interno pode se partir. E a
acidez do alimento provocará corrosão e liberação de hidrogênio,
causando estufamento de causa “química”. Teremos a chama.
Mas pode não ter havido corrosão, nem liberação de hidrogênio,
e sim desenvolvimento de bactérias, provavelmente micrococos
que entraram na lata durante o processo imperfeito de fechamento.
Um esfregaço em lâmina, uma coloração de Gram e uma espiada
no microscópio comprovarão essa hipótese. E que essas bactérias
produzem gás carbônico que, ao sair da lata, apagará o fósforo.
Outra hipótese seria o desenvolvimento da bactéria Clostridium
botulinum, que se desenvolve em alimentos de baixa acidez, em
ausência de oxigênio, como palmito e atum. Neste caso, além do gás,
teremos odor ruim. Em face deste risco mortal, é que não se deve
 jamais ingerir alimentos que estejam em latas estufadas. Já em latas
amassadas, os fabricantes de embalagens garantem que não há
qualquer risco, pois modernas tecnologias criaram revestimentos
elásticos, que já não se partem no amassamento e, portanto,
não facilitariam a reação do ácido do alimento com o metal.